O
setor sucroalcooleiro do Rio Grande do Norte enfrenta a pior crise dos
últimos 40 anos. Parte do canavial secou, em função da falta de chuva, e
a produção de cana, álcool e açúcar caiu quase pela metade na última
safra. Segundo a Associação de Plantadores de Cana do estado (Asplan),
80% da mão de obra empregada durante a safra foi demitida. Antes da
seca, o setor dispensava metade dos funcionários para depois
contratá-los. Já não se sabe quantos retornarão aos canaviais, afirma
Renato Lima, presidente da entidade.
Eduardo Farias, presidente do Grupo Farias e dono da usina Vale Verde, em
Baía Formosa, veio de São Paulo esta semana para sobrevoar o canavial. O
empresário ficou perplexo com o que viu lá de cima. Passei o dia
sobrevoando a área. Estamos na região há 40 anos. Nunca vivenciamos algo
parecido. A situação, segundo Renato Lima, da Asplan, é generalizada. O
volume de cana moída pelo estado, considerando as quatro usinas e
destilarias do RN, caiu de 3,5 milhões de toneladas para 2,2 milhões de
toneladas na última safra, em média.
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