foto: programa registrando.com.br
A Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Assembleia
Legislativa – a que analisa a legalidade das proposições – vai apreciar o
projeto que cria a “taxa de defesa e inspeção animal (TDIAV)”
decorrente da atuação do Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do
RN (Idiarn). Esse promete ser o mais polêmico entre os projetos de lei
apreciados pelos parlamentares nos próximos meses. Isso porque, se for
aprovado, criará um tributo, que se efetivará por meio do recolhimento
sobre 103 atividades e/ou serviços no setor agropecuário. Desde que foi
enviada ao legislativo, em dezembro do ano passado, a proposição teve a
ponderação de deputados e representantes das entidades empresariais e
de trabalhadores, preocupados com as conseqüências de instituir uma
cobrança quando a cadeia produtiva, já desgastada, não comporta novas
despesas. Após votação na CCJ, a proposta seguirá para as demais
comissões e, posteriormente, ao plenário.
O projeto prevê que estão sujeitos à cobrança todos que exerçam atividades ligadas à agropecuária, pesca e agroindústria. As modalidades do TDIAV vão desde o registro de insumos, o reconhecimento de sementes, mudas, auditorias, entre outras coisas. O cadastramento de produtos agrotóxicos e componentes afins consiste no tributo mais elevado – de R$ 2.660,30.
Se aprovada a proposta, o Governo promete ser exigente. E para isso, já prevê aos que não recolherem os tributos nos prazos e condições estabelecidas o pagamento de acréscimos, como correção monetária, juros de mora e multa de 2%. O Idiarn busca autonomia financeira, mas não disporá de independência administrativa. A utilização das despesas com recursos provenientes do TDIAV serão previamente submetidas à aprovação do titular Secretaria de Agricultura, Pecuária e da Pesca.
Fonte:Tribuna do Norte
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