Os investimentos do Governo Federal para reduzir os impactos da seca no Nordeste vão chegar a R$ 9 bilhões, anunciou a presidente Dilma Rousseff nesta
terça-feira (2), durante a 17ª Reunião Ordinária do Conselho
Deliberativo da Sudene (Condel). A chefe do Executivo Nacional anunciou
mais R$ 1,4 bilhão, que se juntará a outros R$ 7,63 bilhões que já
vinham sendo executados pela federação. Dilma também quer simplificar o
repasse desses recursos aos estados. As ações de combate à estiagem
devem atingir um total de 1.145 municípios nordestinos.
O Governo Federal vai aumentar em 30% a quantidade de carros-pipas
que atendem a municípios impactados pela seca; também será ampliado o
número de cisternas em 130 mil, as quais devem ser entregues em
julho, e serão construídas outras 240 mil ainda neste ano. Até 2014,
serão 750 mil cisternas de consumo humano e 64 mil cisternas de
produção, para os rebanhos. Os estados terão ainda mais R$ 60 milhões
para perfuração e recuperação de poços. Serão feitos 20 novos poços profundos de grande vazão e 1.100 poços, além da recuperação de outros 1.400.
“Assumimos o compromisso de construir 27 mil cisternas de produção e
agora acrescentamos mais 40 mil. Porque consideramos que as cisternas de
produção são estratégicas no momento de iniciar dois processos, que é
salvar os rebanhos existentes e nos preparar para ter de fato uma
estrutura mais robusta para não ter uma perda de rebanhos a cada seca”,
afirmou.
Dilma afirmou também que o Garantia Safra e o Bolsa Estiagem serão prorrogados enquanto houver estiagem.
Cabotagem será usada para levar milho ao agricultor
A venda de milho vai ser aumentada. Serão disponibilizadas 340 mil
toneladas de milho subsidiado nos meses de abril e maio, e o governo
quer ajudar os estados a facilitar a distribuição da semente, através da
cabotagem, que ampliará a logística com o transporte ferroviário, o
qual não está sendo suficiente, no momento, para levar o milho aos
agricultores nordestinos.
“Ações estruturantes relativas à oferta de água, seja barragens,
adutoras e estações elevatórias, todas as formas de construir aqui na
região um nível de segurança hídrica mais efetivo e de grande
durabilidade”, disse Dilma.
A presidente anunciou ainda a ampliação da linha de crédito
emergencial, que será ampliada em R$ 350 milhões, totalizando R$ 2,75
bilhões.
Produtores terão mais 10 anos para pagar dívidas
As dívidas dos agricultores serão renegociadas, e o prazo para
pagamento será ampliado por 10 anos. O início do pagamento do montante
pelos agricultores empresariais foi postergado para 2015, e dos
familiares, para 2016.
Nossa opinião: O problema é que o dinheiro nunca chega onde precisa e quando chega é castrado e as dificuldades em acessá-lo é tanta que muitos desistem. Isto é o nosso brasil rural e real!
Nenhum comentário:
Postar um comentário