domingo, 7 de abril de 2013

PRINCIPAL PROBLEMA DA SAÚDE NO RN NÃO É A FALTA DE MÉDICOS.




A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza que, para cada grupo de mil habitantes, exista um médico. O Rio Grande do Norte possui, cadastrado no Conselho Federal de Medicina (CFM), 4.604 profissionais. Efetuada a divisão do número de médicos pela população potiguar, que é de 3,2 milhões de habitantes, a razão é de 1,43 médico por cada mil habitantes. Não fosse a ineficiente distribuição espacial desses profissionais e o reduzido número de especialistas localmente, o montante seria suficiente para atender - conforme parâmetros da OMS - os moradores do estado “potiguar”.

Entretanto, com 74,09% da população médica instalada na capital, o sertanejo morador dos mais longínquos recônditos não tem a quem recorrer na “hora da agonia”. Isto porque, existem 1.193 médicos no interior para atender uma população de aproximadamente 2,4 milhões de pessoas. Para os moradores de Natal, há à disposição 3.411 profissionais formados em Medicina. No Brasil como um todo, existem dois médicos para cada grupo de 1.000 habitantes. Os dados comprovam que o Rio Grande do Norte está abaixo da média nacional.

O resultado desta injusta divisão, localmente, se reflete nos corredores do Hospital Walfredo Gurgel, da Maternidade Januário Cicco, do Pronto Socorro Infantil Sandra Celeste, todos localizados em Natal. É para umas destas unidades que recorrem pacientes, muitos vindos na histórica ambulancioterapia do interior,  trazidos para a capital em decorrência da falta de profissionais nas cidades de origem.

A falta de infraestrutura nas unidades de saúde da maioria dos municípios não atrai médicos especialistas. Além disso, o número dos especializados que atuam no Rio Grande do Norte é um dos menores do país, com 1.852 profissionais com algum título de especialização. A massiva   maioria se concentra na capital. Um complicador a mais para quem depende do sistema público de saúde no interior.  
Fonte: Tribuna do Norte


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