China e Japão aumentaram em 2012 as investimentos em energias
renováveis, mas os gastos totais mundiais caíram devido às incertezas
econômicas e políticas no Ocidente, revelou um estudo publicado esta
quarta-feira.
O informe anual da organização Pew Charitable Trusts constatou que a
China desbancou os Estados Unidos como país com maior investimento em
energia limpa, que aumentou 20% com relação ao ano anterior, a 65,1
bilhões de dólares.Mas os investimentos mundiais caíram 11% com relação ao ano anterior
devido a uma série de fatores, entre eles os problemas econômicos na
Europa, as reservas a respeito dos preços da energia na Alemanha e a
incerteza sobre a extensão dos incentivos tarifários nos Estados Unidos,
disse.
Ao mesmo tempo, a indústria da energia limpa instalou um recorde de
88 gigaWatts de capacidade no ano passado, enquanto os preços desta
tecnologia caíram.
“Isto é o interessante: tivemos uma queda dos investimentos, mas
ainda assim continuamos tendo mais gigaWatts instalados do que já
tivemos”, disse Phyllis Cuttino, diretor do programa de energia limpa no
Pew Charitable Trusts.“Desta forma, o dólar investido está indo cada vez mais longe e isso é particularmente certo com a energia solar”, disse.
Pelo segundo ano consecutivo, a energia solar superou a eólica tanto
em investimentos quanto em custos devido à acelerada diminuição dos
preços.
No entanto, os preços mais baixos, junto com os custos para Estados
Unidos e Europa dos subsídios do governo chinês, também causaram
estragos em algumas empresas de energia solar. A chinesa Suntech, uma
das maiores fabricantes de painéis solares do mundo, declarou falência
no mês passado.
Segundo o informe, a produção de energia limpa no Japão aumentou 75%
no ano passado, quando o governo fomentou a energia solar após o
desastre nuclear de Fukushima como consequência do terremoto em março de
2011.
Apesar de o governo japonês anterior ter proposto que o país
dependesse menos de energia nuclear, o premier Shinzo Abe, cujo
conservador Partido Democrático Liberal venceu as eleições de dezembro,
apoia este tipo de fonte energética.
O investimento sul-coreano em energia limpa aumentou 50%, embora o
total tenha se mantido perto da margem inferior do das economias do
G-20.
Este investimento também caiu na Índia e fortemente na Indonésia,
onde o governo concentrou seu interesse na energia geotérmica.
(Fonte:
Terra)
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