Em seis anos, o índice de mulheres brasileiras que bebem álcool
frequentemente cresceu 34,5%, passando de 29% (2006) para 39% (2012).
É o que revela o segundo levantamento nacional de álcool, que está sendo
divulgado hoje pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Foram entrevistados 4.607 pessoas com 14 anos ou mais em 149 municípios brasileiros. Desse total, 1.157 eram adolescentes.
Os dados mostram que, no geral, houve um aumento de 20% na proporção de bebedores frequentes (uma vez por semana ou mais).
As pessoas também estão bebendo mais. É o chamado beber em "binge", em
que o indivíduo ingere grande quantidade de álcool (quatro unidades de
álcool para mulheres e cinco unidades para homens) em um período curto
de tempo (duas horas).
Entre 2006 e 2012, houve um aumento de 31% nessa forma de consumo.
Novamente as mulheres estão na frente: o crescimento entre elas foi de
36% (entre os homens, foi de 29,4%).
Segundo os pesquisadores, dois em cada dez dos bebedores frequentes apresentou critérios para abuso e/ou dependência de álcool.
Entre os efeitos prejudiciais do beber estão:
- 32% dos adultos que bebem referiram já não ter sido capaz de conseguir parar de começar a beber.
- 10% disseram que alguém já se machucou em consequência do seu consumo de álcool.
- 8% admitem que o uso de álcool já teve um efeito prejudicial no seu trabalho, e 9% relataram que houve o prejuízo à família ou ao relacionamento.
- 32% dos adultos que bebem referiram já não ter sido capaz de conseguir parar de começar a beber.
- 10% disseram que alguém já se machucou em consequência do seu consumo de álcool.
- 8% admitem que o uso de álcool já teve um efeito prejudicial no seu trabalho, e 9% relataram que houve o prejuízo à família ou ao relacionamento.
Os efeitos da "Lei Seca" também já podem ser percebidos: houve
diminuição de 21% na proporção de pessoas que relatam terem dirigido
após o consumo de álcool no último ano.
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