Estatísticas mostram que o suicídio mata hoje mais militares dos Estados Unidos do que as próprias operações de combate em guerras. Acredita-se que, todos os dias, um militar americano que regressou ao país após servir em uma zona de conflito tira sua própria vida.
O número de suicidas após servir no Afeganistão é particularmente ilustrativo. Ele já supera o número total de militares dos EUA que morreram em combate no país centro-asiático.
Entretanto, desde o ano passado, o governo americano tem ampliado o apoio aos veteranos, e novas terapias têm sido usadas para tentar minimizar os efeitos do trauma.Alguns motivos têm sido citados para explicar as mortes, entre eles o fato de que os veteranos sofrem de sequelas psiquiátricas e que o sistema para dar assistência a eles está sobrecarregado, já que governo não dedicaria suficientes recursos para ajudá-los.
Estresse pós-traumático
Os transtornos psiquiátricos são um dos principais motivos que levam os militares que chegam de zonas de conflito a buscar ajuda no Departamento de Assuntos para Veteranos, mantida pelo governo dos Estados Unidos.
O diagnóstico mais frequente é o de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), mas muitos também sofrem de depressão e relatam dependência de drogas.
Paula Schnurr, vice-diretora executiva do Centro Nacional para TEPT nos Estados Unidos, disse à BBC Mundo que "o TEPT é um problema muito significativo entre os veteranos e militares da ativa, já que este é um dos transtornos mais afetam os indivíduos que vivem uma experiência traumática durante o serviço militar, como por exemplo a exposição a uma zona de guerra".
Fonte: BBC Brasil
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