SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE PÚBLICA
COORDENAÇÃO DE PROMOÇÃO À SAÚDE
SUBCOORD. DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Parecer
Técnico
No
intuito de esclarecer os pontos levantados quanto ao uso do larvicida NOVALURON,
explicamos:
·
Esse larvicida utilizado nos programas municipais
de combate a dengue é fornecido pelo Ministério da Saúde para os estados, que
por sua vez distribui aos municípios;
·
Todos os produtos químicos utilizados no
Programa de Combate da Dengue são autorizados pelos órgãos competentes, a WHOPES - WHO Pesticide Evaluation Scheme,
órgão vinculado a Organização Mundial de Saúde e, no âmbito nacional,
autorizado pela ANVISA – Agência Nacional Vigilância Sanitária.
·
Do ponto de vista técnico sabe-se que
produtos químicos, como os utilizados no combate ao vetor da dengue, não perdem
as suas propriedades de um dia para o outro. É tanto que comumente se faz,
através de testes laboratoriais, aprazamento da validade destes produtos em
situações como esta. Porém, como o estoque de Novaluron da Secretaria do Estado
já havia acabado o Ministério da Saúde afirmou que não haveria a necessidade de
realizar o aprazamento.
·
É também muito remota a suposição de risco de
intoxicação pela água em que o produto foi utilizado. Primeiramente porque a
dose utilizada é muito próxima ao mínimo. A OMS indica o uso do Novaluron de 0,01 a 0,05 mg
i.a./litro, tendo o Ministério da Saúde adotado a dose de 0,02 mg i.a./litro,
ou seja, repito, muito próxima do mínimo autorizado. Segundo, é que com o vencimento
o produto, tende a perder gradativamente suas popriedades físico-químicas e seus
efeitos no combate ao vetor, mas não intensifica seu poder tóxico.
·
Hoje, o larvicida utilizado no combate
vetorial do Programa Estadual de Combate a Dengue é o Diflubenzuron.
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Avaliamos que não houve nenhum prejuízo as
atividades de competência municipal no combate a dengue e que não há aumento
algum de risco a saúde dos agentes ao utilizar o produto vencido.
·
Ressaltamos que essa é uma discussão técnica
e deve existir serenidade e responsabilidade nos questionamentos quando a
eficácia do produto e possível risco de intoxicação.
·
Por fim, é preciso tranqüilizar a população,
ressaltando a importância da atividade dos agentes de endemias e do tratamento
focal para eliminação de larvas nos focos de dengue, que este sim é um
verdadeiro risco a população, inclusive de morte.
Equipe do Controle Estadual da Dengue
Victor Hugo D. Diógenes
Base de UBV / SUVIGE / CPS / SESAP
Márcia Gonçalves de Lima
Bióloga/Técnica do PECD do RN
SUVIGE/CPS/SESAP/RN
(84) 3232-2598
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