segunda-feira, 4 de março de 2013

BUROCRACIA DIFICULTA ACESSO DE PEQUENOS AGRICULTORES AO PRONAF





Entidades representativas da agropecuária apontaram na última semana dificuldades para acessar o crédito emergencial. De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária (Faern) e a Associação Norte-Riograndense de Criadores (Anorc), o acesso ao crédito foi dificultado pela burocracia e pelo alto índice de inadimplência no campo.

Dos cerca de 10 mil pequenos e médios produtores que não se enquadram no Pronaf no estado, apenas 663 tiveram acesso aos recursos do Programa, segundo dados do Banco do Nordeste divulgados na semana passada. A maioria dos recursos foi para os agricultores familiares, que responderam por 93,3% das operações realizadas e 61,8% do valor contratado no estado (R$ 102, 08 milhões). O restante foi para a atividade agrícola (excluindo a pecuária), a comercial, a industrial e o setor de serviços.

Exigências
As entidades disseram que os valores liberados foram insuficientes. O setor também se queixa do que chama de excesso de exigências do banco e do prazo curto para preparar e corrigir projetos que os produtores haviam apresentado com erros.

O BNB, por sua vez, negou que a contratação seja burocrática e afirmou que a demora para liberação do financiamento é resultado muitas vezes da inconsistência dos projetos apresentados. "Nós apenas seguimos a legislação. Além disso, quando detectamos um erro, enviamos o projeto de volta. Isso nos dá um grande retrabalho", afirmou João Nilton Castro Martins, superintendente do banco no Rio Grande do Norte.

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