sexta-feira, 8 de março de 2013

CADA VEZ MAIS "ELAS" OCUPAM O MERCADO DE TRABALHO

No trabalho, dois itens estão sempre com ela: o perfume e o batom


Mãe solteira, trabalhadora e estudante, a gari Ana Cristina da Silva Santos, de 42 anos, representa fielmente o perfil da mulher potiguar identificado na última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2011 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados indicam que as mulheres potiguares têm estudado mais, adentrado no mercado de trabalho e estão, cada vez mais, chefiando suas famílias. O PNAD também revela que, apesar dos avanços, os homens permanecem tendo um rendimento salarial maior.

Com um filho de 12 anos para criar, Ana Cristina se reveza entre os afazeres domésticos, o namorado, o trabalho na Companhia de Serviços Urbanos de Natal (Urbana) que desempenha há seis anos, a musculação e os estudos. Ela faz cursinho e pretende ingressar em uma graduação de Serviço Social, no próximo ano, através do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Com sorriso no rosto de orgulho do trabalho que realiza, a gari natural de Valença (BA), que mora em Natal há 22 anos, não se cansa de fazer planos e projetar um futuro melhor para ela e para o filho, enquanto varre os canteiros e valas das ruas da zona Norte. "Não que eu tenha vergonha do que faço, mas estou investindo no meu filho para que lá na frente ele tenha um retorno melhor que o meu", contou a jovem.

"Minha profissão é muito importante, pois cuidamos do meio ambiente. Eu gosto de ser gari, porque quero deixar o mundo melhor para o meu filho. Mais saudável". Vitor, o filho de Ana Cristina, tem 12 anos e está morando com a irmã dela, em Salvador. Apesar da saudade, ela não tem com quem deixar o garoto enquanto trabalha, e por isso resolveu deixá-lo por alguns tempos para a capital baiana. "E por isso eu preciso trabalhar mais, para mandar dinheiro", justificou.

tribuna do norte

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