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O ano de 2012 foi um dos dez mais quentes de toda a história. O alerta é da Organização Meteorológica Mundial (OMM), que publicou, nesta quinta-feira, 2, sua avaliação sobre a situação climática e o avanço do aquecimento global.
Entre os destaques está o Nordeste brasileiro, que viveu em 2012 a pior
seca em meio século. Foi uma das anomalias climáticas mais importantes
do planeta no ano, que afetou 1,1 mil municípios, um quinto de todas as
cidades brasileiras. Na América do Sul e no Brasil, a onda de calor fez
as temperaturas médias ficarem entre 1ºC e 2°C acima do normal.
Apesar do impacto do La Niña, no início do ano, reduzindo as
temperaturas em várias partes do mundo, 2012 entra para os registros
como o nono ano mais quente já identificado pelos cientistas. Em média,
registraram-se temperaturas terrestres e da superfície dos oceanos
0,45°C acima da média de 14°C do período entre 1961 e 1990. Por 27 anos
consecutivos, a média registrada tem ficado acima do período de
comparação.
Na América do Sul, o impacto da elevação de temperaturas foi ainda
maior. A onda de calor que atingiu o Brasil foi destacada pela entidade.
Já a Argentina viveu seu ano mais quente desde 1961. O caso do Nordeste
é alvo de um especial alerta dos especialistas e, para a entidade
ligada à ONU, é um exemplo da intensificação dos fenômenos extremos no
clima mundial. O auge da seca teria sido registrado entre março e maio,
com um déficit de chuva de 300 milímetros.
"Isso teve um impacto severo sobre a população da Região Nordeste",
indicou o informe. "A seca severa afetou mais de 1,1 mil cidades,
ameaçando a vida das populações locais e seus abastecimentos de
alimento", apontou.
Entre os cientistas da entidade, a onda de calor e as anomalias são
vistas com preocupação. "Esse é um sinal alarmante", declarou o
secretário-geral da OMM, Michel Jarraud. "Tudo indica que o aquecimento
continuará a ocorrer, por causa da concentração de gases de efeito
estufa", insistiu. Além do caso brasileiro, outros destaques foram o
aumento de temperatura e a seca na Rússia, América do Norte e Norte da
África.
As informações são
do jornal O Estado de S. Paulo.
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