sábado, 18 de maio de 2013

PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA TEM DÉFICIT DE SEIS MIL PROFISSIONAIS MÉDICOS

 
O grande desafio do Programa Saúde da Família (PSF) é a falta de médicos. Em todo o País, o déficit é de aproximadamente seis mil profissionais.


Para tentar suprir essa defasagem, várias estratégias estão sendo criadas, uma delas é o Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab), do governo federal. O programa, que chega à sua segunda edição, saltou de 381 profissionais inscritos na edição 2012, para 3.800 neste ano, atuando em 1.291 municípios. Eles atendem nas periferias dos grandes centros metropolitanos, no interior do País e em áreas remotas.

O Ceará é o estado do Nordeste com maior número de participantes no Provab: 691 profissionais, em 141 municípios. No Maranhão, são 152 médicos em 48 municípios; na Paraíba 191 em 65 municípios e no Piauí, 117 profissionais em 50 municípios.

Odorico Monteiro, secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde destaca que, cada vez, o programa ganha mais credibilidade entre os profissionais. Cada um recebe bolsa mensal de R$ 8 mil e deve cumprir 32 horas semanais de atividades práticas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), além de 8h semanais de curso de pós-graduação em Saúde da Família, com duração de 12 meses.

"Eles estão em um sistema de trabalho e, ao mesmo tempo, são estudantes. No fim do curso, de um ano, recebem o título de especialista em saúde da família e depois têm essa experiência como bônus para a residência médica. É importante entender que o Ministério da Saúde está apostando na melhoria da qualidade", ressalta Monteiro.

A falta de profissionais é o grande desafio que o sistema enfrenta. A situação é delicada. Prova disso é que no Brasil, a proporção é de 1,8 médicos para cada mil habitantes. Enquanto na Argentina, por exemplo, são 3,2 para cada mil habitantes.

"É um problema que se insere não só na saúde da família, mas também em outras especialidades", adverte Monteiro. Na visão do secretário, não é a falta de concurso público e nem de plano de cargos, carreiras e salários que gera esse déficit, o problema é a falta de médicos.
LUANA LIMADiário do Nordeste

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