Cerca de 1.800 agricultores familiares de 50 municípios
de várias regiões do Estado – Oeste, Seridó, Mato Grande, Potengi,
Trairi e Área Canavieira – são esperados em Natal nesta quinta-feira
(09). Eles vão se concentrar a partir das 8h em frente à Central de
Comercialização da Agricultura Familiar localizada na esquina da Rua
Jaguarari e Avenida Mor Gouveia, no bairro de Lagoa Nova. No local,
farão um ato público contra a Central ter sido construída há três anos e
nunca ter aberto para a venda dos produtos deles. Em seguida, às 10h,
seguirão em caminhada até a Governadoria, onde pretendem ser recebidos
pela governadora Rosalba Ciarlini. Eles vão apresentar ao Governo uma
pauta de ações para o convívio com a estiagem.
Entre as reivindicações está a perfuração de 550 poços tubulares e
recuperação de outros 250; implantação de tecnologias para o
armazenamento de água para a produção da agricultura familiar, como
barreiro trincheira lonado, barragem subterrânea, cisterna calçadão,
cisterna de enxurrada e bomba popular. Que o Governo viabilize
assessoria gerencial, técnica e pedagógica aos agricultores familiares
que são beneficiados pelos PAIS (Produção Agroecológica Integrada e
Sustentável) e por outras tecnologias de convivência com o semi-árido; que sejam distribuídas 20 mil toneladas de milho entre os agricultores para que sirvam de ração para o gado; que
o Governo reponha o rebanho perdido durante o período da estiagem e
crie a Secretaria Estadual da Agricultura Familiar para prestar atenção
especial aos pequenos produtores.
Segundo o coordenador geral da Federação dos Trabalhadores e
Trabalhadoras na Agricultura Familiar do RN (FETRAF-RN), João Cabral, as
chuvas que têm caído aliviam a situação, mas não resolvem os prejuízos
contabilizados pelos pequenos agricultores, que perderam o gado e a plantação por causa da seca.
“Todos sabemos que a cada oito a 10 anos, enfrentamos uma grande seca,
então, precisamos nos preparar para esse convívio com a estiagem, nos
prevenindo para os períodos sem chuva: necessitamos de providências
imediatas e a médio e longo prazos”, aponta Cabral.
Jornal de Hoje
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