Condições climáticas adversas sempre caminharam lado a lado com os produtores do semiárido nordestino. Com a estiagem prolongada dos últimos dois anos, as dificuldades ficaram mais evidentes e os prejuízos, especialmente junto à agricultura familiar, também. Mas no Projeto de Assentamento Oziel Alves, localizado na zona rural do município de Mossoró, um grupo de agricultores familiares dedicado à fruticultura mostra que é possível produzir e colher frutas de qualidade, mesmo com o cenário desfavorável. Somente o cultivo do melão representa uma produção média anual de 180 toneladas por produtor.
O solo arenoso, de características inférteis, predomina na região.
Mesmo assim, com o auxílio de poços com profundidade média de 300
metros, aliado a consultorias desenvolvidas pelo Projeto de Fruticultura
do Sebrae no Rio Grande do Norte, fazem da produção do Oziel Alves uma
das mais exitosas, mesmo em período de seca. Ao todo, 12 pequenos
produtores se dedicam à fruticultura no assentamento.
Mesmo com ênfase no cultivo do melão Cantalupe, carro-chefe da
produção, os assentados de Oziel Alves investem em outras culturas, do
tipo perene, a exemplo da banana e do mamão. A ideia é garantir renda
nos períodos do ano em que a produção do melão está paralisada. “A gente
sempre sentia dificuldades quando a colheita de melão passava, foi aí
que veio a orientação do Sebrae para diversificar as plantações, com a
banana e o mamão. As consultorias tem ajudado muito, e estamos bem
satisfeitos”, ressalta o produtor Lázaro Mota.
A técnica de irrigação por gotejamento é adotada em praticamente toda
a área de produção. Apenas nos pomares de banana é utilizado o método
da microaspersão, que por meio da pressurização, irriga a área
desejada. “Trabalhamos ao longo dos últimos anos ações relativas à
análise e ao preparo nutricional do solo, e, em outra frente,
capacitamos os produtores com técnicas de manejo das culturas. O
trabalho reflete diretamente na qualidade das frutas produzidas, que
nada deixa a desejar frente à produção de grandes fruticultores”,
assegura Vercélio Lima, consultor do Sebrae-RN.
A produção do Assentamentos Oziel Alves está voltada para o mercado
interno, em cidades próximas a Mossoró, como Natal e Fortaleza. Mas
também já existe comercialização com o mercado paraibano, principalmente
na capital João Pessoa.
Com dois hectares destinados ao plantio da banana, a expectativa é de que sejam colhidas, em média, 120 toneladas do produto ao longo do ano, que compreende duas safras.
Com dois hectares destinados ao plantio da banana, a expectativa é de que sejam colhidas, em média, 120 toneladas do produto ao longo do ano, que compreende duas safras.
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