Os trabalhadores rurais assentados na Maísa, localizada entre os
municípios de Mossoró e Baraúna (RN), estão colhendo cerca de 100
toneladas de alimentos por semana. Melão, melancia, milho e feijão são
os produtos responsáveis por quase toda a produção, plantada em cerca de
800 hectares. Mesmo com a seca instalada na região Nordeste,
considerada a maior dos últimos anos, a passagem verde espalhada pelas
dez agrovilas da comunidade rural tem destoado da cor cinza
característica da condição climática adversa. O plantio da Maísa vem
produzindo no sertão da região Oeste potiguar um verdadeiro Oasis.
A
expectativa da Superintendência Regional do Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Rio Grande do Norte é de que
após as famílias assentadas acessarem os recursos do Programa Nacional
de Financiamento da Agricultura Familiar (Pronaf), previsto para o
segundo semestre, a Maisa se torne um dos maiores assentamentos rurais
do Nordeste, não apenas em extensão (19.701hectare), mas em
produtividade.
O aumento na produção de frutas, grãos e
hortaliças é resultado da implantação de um projeto pioneiro de sistema
de irrigação em 43 hectares, em três diferentes agrovilas da Maisa, um
investimento feito através do Crédito Fomento, pelo Incra. O sistema foi
instalado em 2008.
A área irrigada e o número de famílias
beneficiadas foram ampliados nos anos seguintes. Em 2013, cerca de 540
famílias acessaram o Crédito Emergencial, financiado pelo Banco do
Nordeste (BNB), no âmbito da linha FNE-Estiagem. Outras 200 devem
acessar nas próximas semanas. A maior parte dos agricultores fez opção
por investir em obras hídricas como perfuração de poço e instalação de
rede de irrigação. Segundo o BNB, o banco já liberou R$ 6,4 milhões para
o assentamento.
O
plantio de frutas é responsável, hoje, por mais da metade da produção.
Na agrovila Angicos, desde março são colhidos, semanalmente, cerca de 20
toneladas de melão e melancia.
A Maísa foi desapropriada pelo Incra em 2004. Até então, pertencia à Empresa Mossoró Agro-Indústria S/A e produzia em apenas 223,1 hectares. Na época, a desapropriação custou aos cofres públicos R$ 8.909.077,48. Havia produção de acerola e caju.
Hoje, as famílias assentadas produzem numa área quase quatro vezes maior que a encontrada pelo Incra na época da desapropriação. Há 1.150 famílias morando na Maísa.
A Maísa foi desapropriada pelo Incra em 2004. Até então, pertencia à Empresa Mossoró Agro-Indústria S/A e produzia em apenas 223,1 hectares. Na época, a desapropriação custou aos cofres públicos R$ 8.909.077,48. Havia produção de acerola e caju.
Hoje, as famílias assentadas produzem numa área quase quatro vezes maior que a encontrada pelo Incra na época da desapropriação. Há 1.150 famílias morando na Maísa.
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