domingo, 19 de maio de 2013

ASSENTAMENTO MAISA É DESTAQUE NA PRODUÇÃO DE FRUTAS

                      O mamão é um dos produtos cultivados na Maísa, entre os municípios de Mossoró e Baraúna



Os trabalhadores rurais assentados na Maísa, localizada entre os municípios de Mossoró e Baraúna (RN), estão colhendo cerca de 100 toneladas de alimentos por semana. Melão, melancia, milho e feijão são os produtos responsáveis por quase toda a produção, plantada em cerca de 800 hectares. Mesmo com a seca instalada na região Nordeste, considerada a maior dos últimos anos, a passagem verde espalhada pelas dez agrovilas da comunidade rural tem destoado da cor cinza característica da condição climática adversa. O plantio da Maísa vem produzindo no sertão da região Oeste potiguar um verdadeiro Oasis.

A expectativa da Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Rio Grande do Norte é de que após as famílias assentadas acessarem os recursos do Programa Nacional de Financiamento da Agricultura Familiar (Pronaf), previsto para o segundo semestre, a Maisa se torne um dos maiores assentamentos rurais do Nordeste, não apenas em extensão (19.701hectare), mas em produtividade.

O aumento na produção de frutas, grãos e hortaliças é resultado da implantação de um projeto pioneiro de sistema de irrigação em 43 hectares, em três diferentes agrovilas da Maisa, um investimento feito através do Crédito Fomento, pelo Incra. O sistema foi instalado em 2008.

A área irrigada e o número de famílias beneficiadas foram ampliados nos anos seguintes. Em 2013, cerca de 540 famílias acessaram o Crédito Emergencial, financiado pelo Banco do Nordeste (BNB), no âmbito da linha FNE-Estiagem. Outras 200 devem acessar nas próximas semanas. A maior parte dos agricultores fez opção por investir em obras hídricas como perfuração de poço e instalação de rede de irrigação. Segundo o BNB, o banco já liberou R$ 6,4 milhões para o assentamento.

O plantio de frutas é responsável, hoje, por mais da metade da produção. Na agrovila Angicos, desde março são colhidos, semanalmente, cerca de 20 toneladas de melão e melancia.

A Maísa foi desapropriada pelo Incra em 2004. Até então, pertencia à Empresa Mossoró Agro-Indústria S/A  e produzia em apenas  223,1 hectares. Na época, a desapropriação custou aos cofres públicos R$ 8.909.077,48. Havia produção de acerola e caju.

Hoje, as famílias assentadas produzem numa área quase quatro vezes maior que a encontrada pelo Incra na época da desapropriação.  Há 1.150 famílias morando na Maísa.

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