Das 12 mil toneladas de milho do Governo Federal para
produtores potiguares vítimas da seca anunciadas em maio, apenas 6.923
toneladas chegaram aos cinco armazéns da Companhia Nacional de
Abastecimento espalhados pelo estado.
A carga começou a ser desembarcada no dia 5 de junho e, desde então,
vêm chegando lentamente, todas as semanas. Assim, dos 22 mil criadores
cadastrados na Conab do RN, apenas 6.700 adquiriram o equivalente a
7.600 toneladas dos estoques totais em junho.
A procura também continua fraca. Em julho, até a última sexta-feira, 3.447 criadores retiraram 3.718 toneladas, segundo informações do superintendente da Conab local, João Maria Lúcio. Resultado: apesar de pouco, ainda há milho nos armazéns a custos subsidiados pelo Governo entre R$ 18,00 a R$ 22,00 a saca de 60 quilos. É um terço do valor de mercado.
Nesta segunda-feira, os estoques distribuídos pelos armazéns da Conab
no RN eram os mesmos dos últimos dias. Assu: 106 toneladas; Caicó: 39
toneladas; Currais Novos: 159 toneladas; João Câmara: 102 toneladas;
Lajes: 56 toneladas; Mossoró: 407 toneladas; Natal: (unidade Caiapós)
1.703 quilos e unidade Candelária 25 toneladas. E, finalmente, Umarizal,
com 501 toneladas – totalizando pouco mais de 3.100 toneladas.
O superintendente da Conab no estado, João Maria Lúcio não tem uma
explicação, diz apenas que não há procura. Mas ouvido na semana passada
pelo JH, o secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca, Júnior Teixeira,
atribuiu à pequena busca pelo milho a dois fatores: chuvas e
endividamento. A chuva recompondo as pastagens em muitas regiões
produtoras onde as precipitações pluviométricas foram mais generosas e à
falta de dinheiro do produtor até para comprar o milho do Governo
Federal, oferecido a um terço do valor de mercado.
fonte: Jornal de Hoje
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