sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

RECURSOS PARA COMBATER ESTIAGEM SÃO PERDIDOS

 
Dos R$ 2 bilhões prometidos pelo Governo Federal em 2012 para diminuir os efeitos da seca no Nordeste, R$ 380 milhões deixaram de ser repassados para os cofres dos estados. Isso levou deputados da oposição na Câmara Federal a criticarem o que chamaram "falta de planejamento". Os recursos puderam ser liberados por meio de Medidas Provisórias (MPs), editadas com fim de adquirir alimentos, providenciar abrigos emergenciais para os atingidos e distribuir água em carros-pipa. O deputado Felipe Maia (DEM) avaliou que a perda dos recursos ocorreu por falta de uma ação mais enérgica da União. "O Executivo permitiu que quase R$ 400 milhões fossem pelo ralo. Faltou planejamento, execução e responsabilidade com o povo da região", disse o parlamentar.

A deputada Fátima Bezerra (PT), da bancada de sustentação da presidenta Dilma Rousseff (PT) no Congresso Nacional tem uma outra justificativa. Segundo ela, o Governo Federal tem tomado iniciativas, acionando Ministério (Integração, Desenvolvimento Agrário, Desenvolvimento Social, Agricultura, entre outros), para oferecer aos estados afetados com a seca melhores condições de defesa, prevenção e ação. "Na verdade o que se espera é que no âmbito do estado o Governo tenha mais agilidade. Não é o que estamos vendo aqui. As pessoas estão reclamando de muita lentidão", disse a parlamentar.

De acordo com Fátima, todos os esforços estão sendo feitos, sobretudo nos últimos dez anos, no que diz respeito ao desenvolvimento regional do Nordeste. Ela lembrou que uma prova dessa tese é o fato de a região ter apresentado recentemente, em função dos investimentos, as melhores taxas de crescimento do país. "O que a gente tem ouvido dos trabalhadores do setor rural é a lentidão das ações no Estado. Já se sabe que a seca é um fenômeno que sempre vai existir. Por outro lado cabe a pergunta: onde está o plano estadual de recursos hídricos do Estado? Ele está sendo operacionalizado? As ferramentas que contém esse plano para minimizar estão sendo operacionalizadas?", indagou a petista.

Segundo ela, as informações que dispõe dão conta de que está tudo parado e a Emater - instituição responsável por fomentar ações na Zona Rural do estado - está passando por um processo de nos últimos dois anos de "desmobilização". "A própria governadora anda dizendo que as adutoras ajudarão muito. O dinheiro é do Governo Federal. Está aí a do Alto Oeste, que já está em teste. O dinheiro foi de onde, do governo federal. Então essas outras medidas de caráter para minimizar estão sendo feitas", completou ela.

Nossa opinião: é sempre assim, muito dinheiro, muita conversa e pouca ou nada de ação. Mas logo teremos eleições e os mesmos prejudicados correrão atrás dos políticos para botá-los no poder.



 

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