As enzimas são proteínas que catalisam uma série de processos biológicos no corpo, motivo pelo qual são potenciais agentes terapêuticos. Muitas funções biológicas importantes necessitam que grupos de enzimas diferentes organizadas com precisão ajam em conjunto, muitas vezes no interior de um subcomponente celular chamado organela.
A nova pesquisa, descrita recentemente na revista Nature Nanotechnology, envolve o encapsulamento de várias enzimas em uma espécie de concha nanométrica. O complexo funcional enzimático que resulta desse processo, feito de um polímero não tóxico, "é extremamente semelhante a uma organela", diz Yunfeng Lu, professor de engenharia química e biomolecular da Universidade da Califórnia, que liderou a pesquisa. A cápsula estabiliza as proteínas e as protege contra a decomposição no organismo.
O avanço nas pesquisas do gênero pode preparar o terreno para uma nova classe de drogas enzimáticas, diz Lu. Ele prevê, por exemplo, que pode vir a ser desenvolvido um antídoto ou profilático para o álcool que possa ser tomado por via oral. Já que o álcool é naturalmente metabolizado no fígado, seria "quase como ter milhões de unidades de células hepáticas dentro do estômago ou intestino, ajudando a digerir o álcool", diz ele.
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