Elas são mais de 80, atingem diferentes áreas do organismo, não possuem cura e são mais frequentes em mulheres. A medicina as classifica como doenças autoimunes, aquelas causadas por distúrbios no sistema imunológico e que, ao invés de proteger o corpo, passa a agredi-lo.
As autoimunes mais comuns são a tireoidite de Hashimoto, a psoríase e a artrite reumatoide, que acometem uma média de três a quatro mulheres para cada homem. “O desenvolvimento dessas doenças é resultado de um conjunto de fatores, como pré-disposição genética, problemas endócrinos e interferências ambientais”, explica Emilia Sato, reumatologista da Unifesp.
O lúpus é outro tipo de autoimune conhecida, porém de baixa incidência. A doença acomete uma em cada duas mil brasileiras, segundo a SBR (Sociedade Brasileira de Reumatologia).
“Estudos apontam que a população de origem africana miscigenada tem alguma alteração genética que propicia o surgimento do lúpus. Por isso, o número de casos no Brasil é bem maior do que nos Estados Unidos ou em países europeus”, explica Evandro Klumb, coordenador da Comissão de Lúpus da SBR.
Uma vez diagnosticadas, as doenças autoimunes precisam ser controladas com acompanhamento médico e uso de corticoides. “Como ainda não foi descoberta a cura para a patologia é fundamental manter o sistema imunológico equilibrado. Caso contrário, sua inflamação pode comprometer o funcionamento dos órgãos”, diz Klumb.
Praticar exercícios, ter uma dieta balanceada, usar protetor solar diariamente, não fumar e reduzir o consumo de bebidas alcoólicas são as recomendações médicas comuns para se evitar ou controlar a maioria das autoimunes.