quarta-feira, 8 de maio de 2013

AGRICULTORES FAMILIARES FARÃO PROTESTO EM NATAL

Cerca de 1.800 agricultores familiares de 50 municípios de várias regiões do Estado – Oeste, Seridó, Mato Grande, Potengi, Trairi e Área Canavieira – são esperados em Natal nesta quinta-feira (09). Eles vão se concentrar a partir das 8h em frente à Central de Comercialização da Agricultura Familiar localizada na esquina da Rua Jaguarari e Avenida Mor Gouveia, no bairro de Lagoa Nova. No local, farão um ato público contra a Central ter sido construída há três anos e nunca ter aberto para a venda dos produtos deles. Em seguida, às 10h, seguirão em caminhada até a Governadoria, onde pretendem ser recebidos pela governadora Rosalba Ciarlini. Eles vão apresentar ao Governo uma pauta de ações para o convívio com a estiagem.

Entre as reivindicações está a perfuração de 550 poços tubulares e recuperação de outros 250; implantação de tecnologias para o armazenamento de água para a produção da agricultura familiar, como barreiro trincheira lonado, barragem subterrânea, cisterna calçadão, cisterna de enxurrada e bomba popular. Que o Governo viabilize assessoria gerencial, técnica e pedagógica aos agricultores familiares que são beneficiados pelos PAIS (Produção Agroecológica Integrada e Sustentável) e por outras tecnologias de convivência com o semi-árido; que sejam distribuídas 20 mil toneladas de milho entre os agricultores para que sirvam de ração para o gado; que o Governo reponha o rebanho perdido durante o período da estiagem e crie a Secretaria Estadual da Agricultura Familiar para prestar atenção especial aos pequenos produtores.

Segundo o coordenador geral da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do RN (FETRAF-RN), João Cabral, as chuvas que têm caído aliviam a situação, mas não resolvem os prejuízos contabilizados pelos pequenos agricultores, que perderam o gado e a plantação por causa da seca. “Todos sabemos que a cada oito a 10 anos, enfrentamos uma grande seca, então, precisamos nos preparar para esse convívio com a estiagem, nos prevenindo para os períodos sem chuva: necessitamos de providências imediatas e a médio e longo prazos”, aponta Cabral.
Jornal de Hoje

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